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Reflexão Liturgia 18º Domingo do Tempo Comum

SEJAMOS SACIADOS PELO PÃO DA VIDA
Seminarista Luis Gustavo da Silva Joaquim

Queridos irmãos e irmãs, continuamos a ouvir o “discurso do Pão da Vida”, no capítulo 6 do evangelista São João. Trata-se de uma verdadeira riqueza espiritual para a nossa vida! 


Na primeira leitura, temos a recordação do povo recém libertado à antiga vida que, embora escravos, sentavam-se ao pé de panelas de carne e comiam pão com fartura (Ex 16, 3). Esta recordação do povo, de como viviam, expressa a nossa tendência ao comodismo, mas também a nossa falta de compreensão mediante as dificuldades do caminho, porque somos pessoas materialistas. Contudo, vemos um Deus que ouve as murmurações do seu povo, tanto que oferece o maná como um alimento provisório para o povo que caminhava no deserto. Era um pão descido do céu, mas ainda não era O PÃO DESCIDO DO CÉU. O fato é que, Deus saciou a fome provisória dos seus filhos, mas com a promessa de uma saciedade definitiva, que é o Reino dos Céus. Desse modo, assim como o maná, nada nesta vida terrena nos sacia como os dons da vida eterna que nos aguarda.


O contexto do evangelho, evidentemente, é a continuação da liturgia da semana passada: depois do milagre da multiplicação dos pães e peixes partilhados pelo menino, Jesus retirou-se, sozinho, para o monte (Jo 6, 15). Assim, no dia seguinte, os discípulos procuraram por seu mestre e o encontraram em Cafarnaum. Aparentemente é bonito que muitos procurem por Jesus, contudo, o buscaram pelas motivações erradas: o próprio Jesus adverte “estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos” (Jo 6, 26). É verdade que Jesus realiza milagres e sinais prodigiosos, mas não foi somente para isso que ele veio, e sim, para anunciar a vida eterna. Também em nossa existência, não podemos ir ao encontro de Jesus por motivações egoístas. Não podemos tratar Jesus e seu Evangelho como um mercado, em que “aceito o que me convém e rejeito o que me desagrada”. Tomemos uma postura radical de seguimento a Cristo! Perguntemo-nos: o que, hoje, procuramos na Igreja, na comunidade paroquial? Será que são os cargos, os benefícios ou a nossa salvação?!


Somos convidados pelo apóstolo Paulo, na segunda leitura, a nos revestirmos da nova humanidade, isto é, precisamos ser pessoas novas em Cristo Jesus. Deixemos as paixões enganadoras para vivermos a “verdadeira justiça e santidade” (Ef 4, 24). Nesse sentido, a proposta de Jesus é de acreditar naquele que Deus enviou e seu o projeto do Reino de Deus (Jo 6, 29); em outras palavras, é preciso acolher o ensinamento do dia anterior: a generosidade e a partilha. Não se apegar ao maná, puramente material, mas acolher o Pão da vida eterna, que é Jesus.


Ora, “o homem é mendigo de Deus”, dizia Santo Agostinho. Nesta convicção, precisamos ser saciados com o Pão da eternidade. Precisamos ter coragem de afirmar sempre mais como o salmista: “O Senhor deu a comer o pão do céu”. Jesus já vem ao nosso encontro, agora, precisamos nos deixar também ser encontrados para que sejamos saciados. Comer é identificar-se; é participar do mesmo projeto de amor.


Enfim, nesta memória omitida de São João Maria Vianney, rezemos pelos presbíteros e por todas as vocações sacerdotais na Igreja: “Enviai, Senhor, operários para a vossa messe; pois a messe é grande e poucos são os operários”. Amém!